RATEANDO NO CRÉDITO

05 de Set de 2018
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O Banco Central divulgou em 30/08/2018 o saldo total das carteiras de crédito do sistema financeiro, na marca de 3,125 trilhões. Ainda, aposta que o crédito seguirá uma trajetória de gradual recuperação, apesar das incertezas do período eleitoral, ainda, acompanhado de juros mais baixos, queda na inadimplência e retomada da atividade econômica.

Deste total de crédito tomado, aproximadamente 50%, 1,562 trilhão é o chamado crédito direcionado, empréstimos concedidos a taxas subsidiadas (Os principais são: BNDES 40%, imobiliário 38% e rural 15%), que não sofrem a variação da Selic (taxa básica de juros) o principal instrumento para combater a inflação.

Do outro lado, os outros 50% estão os usuários do crédito livre. Pequenas e médias empresas que pegam Capital de Giro nos bancos para o seu fluxo de caixa, rotativos do cartão de crédito, usuários do cheque especial, crédito direto ao consumidor, que não tem acesso ao subsídio do BNDES e onde o Banco Central mantém os juros altos para controlar a inflação.

Apesar do otimismo dos economistas do BC é bem provável que este ritmo de aparente estagnação perdure até o fim do ano de 2018 e adentre 2019. Considerando que uma empresa precisa investir pois é uma mola de sobrevivência (quem não cresce, desaparece) por qualquer ângulo de avaliação, o recomendável é esperar para iniciar novos projetos. Isso não quer dizer que a qualidade dos projetos são ruins, mas, neste cenário é imprescindível zelar pela geração de caixa.

Como estamos falando de crédito, se sairá melhor quem vender para quem paga em dia. Fazer negócio com quem atrasa ou não irá pagar encarecerá sua operação corroendo a rentabilidade do negócio.

Glaicon L. Baptista é Conselheiro da Assemples
Contato@assemples.com.br